quarta-feira, 6 de julho de 2011

Entrevista na TV Record!!

Olá!!!

Assistam ao vídeo da entrevista que dei para a TV Record, sobre as mudanças na IN 51, que trata da podução, qualidade, coleta e transporte do leite.

Infelizmente hove um problema com o áudio da emissora e só podemos ver o trechinho inicial.

No último dia 25, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prorrogou até o final do ano o prazo para que as novas medidas entrem em vigor, a fim de que o produtor tenha mais tempo para se adaptar.

Para ver a entrevista, clique aqui!!!!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Preço em baixa para os produtores


Olá pessoal,

Como muitos já devem saber, o ciclo da seca, comum nesta época, se repete todos os anos, trazendo prejuízos ao produtor de leite.

Conforme a reportagem do site NotiSul, de Santa Catarina, a questão é que este ano os preços caíram muito, mas apenas para os produtores, já que nos mercados o preço do litro de leite continua o mesmo. Ou seja, os laticínios estão pagando menos ao produtor, mas continuam a repassar o produto pelo mesmo preço ao consumidor final, o que é injusto tanto para o produtor, que amarga prejuízos, quanto ao consumidor, que, teoricamente, também deveria estar pagando menos, não é?



terça-feira, 19 de abril de 2011

Importação e mercado interno

Uma preocpação crescente do setor leiteiro é o aumento da importação do produto. Conforme informação da Revista Leite Integral, em 2010 as importações superaram em muito as exportações, numa diferença de 113 mil para 58 mil toneladas, sendo que apenas neste primeiro trimestre o Brasil já importou 29 mil toneladas, enquanto vendeu apenas 4,8 mil.

Diante desse quadro, podemos constatar, de plano, dois grandes problemas: o primeiro diz respeito ao aumento da concorrência, que, em um setor matéria-prima primária, pode gerar uma desvalorização ainda maior. A concorrência é sempre benéfica ao consumidor em um primeiro momento, porém devemos pensar também que a baixa de preços por um longo período pode levar à falência os pequenos e até mesmo os grandes produtores. Além disso, a concorrência deve ser justa, ou seja, o leite não pode ser importado a preço inferior ao praticado em nosso país. Quando isso acontece, ocorre o chamado dumping, uma prática comercial internacional ilícita pelos efeitos danosos à indústria nacional. Medidas antidumping incluem a aplicação de alíquotas para que o produto importado passe a ter preço compatível no mercado interno.


O segundo problema levantado é por qual razão o Brasil necessita importar tal quantidade de leite, se é um dos países com maior área aproveitável para agropecuária, seja em extensão, clima, pastagens etc. Está claro que o país aproveita pouco - e muito mal, o seu potencial. Não fosse assim, não apenas precisaria importar menor quantidade do produto, como também poderia se tornar um grande exportador.

A boa notícia é que, como se nota, a demanda é grande, e isso serve de incentivo para que o produdor não desanime. A propriedade bem organizada e com manejo correto do rebanho, e que prima pela qualidade do leite, pode produzir quantidade de leite superior àquelas mal organizadas, ainda que com mais animais. De nada adianta um grande rebanho sub-aproveitado, ou seja, sem alimentação correta/ suficiente, acompanhamento veterinário e planejamento da propriedade. Nesse setor, formado por milhares de pequenos produtores, cada pequeno gesto faz uma grande diferença!

E vocês, o que acham?

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Planejamento para as épocas de chuva e de seca

Esta semana saiu uma matéria informando sobre o comprometimento da produção de leite e queijo na baixada cuiabana, em razão das chuvas intensas e constantes que atingem a região. Aqui no estado de São Paulo a situação também não é muito diferente, mas é aí que entra a importância do planejamento na atividade leiteira, assim como em qualquer outra atividade comercial.

Com certeza muitas vezes não é possível prever alguns eventos da natureza, que acabam prejudicando a produção de um ano inteiro, mas o produtor deve sempre estar atento às épocas em que chuvas ou secas são mais frequentes, já garantindo, de antemão, alimentação para o seu rebenho nesses períodos.

A melhor saída é a relização de silagens (que pode ser de milho, cana, sorgo), para garantir a alimentação dos animais nos peridos em que não é possível contar apenas com o pasto, uma vez que a alimentação do rebanho está DIRETAMENTE ligada a sua produtividade!

O site da Embrapa traz informações muito interessantes sobre a realização de silagem, para mais informações cliquem aqui!


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Alta no mercado leiteiro!

Saiu no Estadão de ontem (06/04/2011), no caderno Agrícola, uma boa notícia para os produtores de leite: além do preço estar em alta, a matéria afirma que é o investimento dos pequenos produtores em tecnologia que poderá transformar o país em um exportador de leite! 

Para conferir, clique "aqui ".

quinta-feira, 17 de março de 2011

Lactose na balança

Queijo, requeijão, doce de leite, leite condensado, iogurte, sorvete, creme de leite, manteiga, coalhada.... O leite se apresenta de várias formas em nossa mesa!!

Porém, um assunto que com frequência está nas páginas de revistas médicas especializadas e também naquelas comuns, das bancas de jornais, é se o ser humano adulto deve ou não consumir leite, seja ele de vaca ou de outros mamíferos.


 
Segundo pesquisas, a lactose, que é o "açúcar" (ou melhor dizendo, carboidrato) presente no leite, não seria bem "digerido" por algumas pessoas pois, após certa idade o organismo, deixaria de produzir a enzima necessária ao seu metabolismo, conhecida como lactase. É aí que surge a tal da intolerância à lactose, que pode apresentar sintomas como dores abdominais, náusea e diarréia. Isso porque, apesar de o ser humano ser um animal mamífero, o leite só seria um alimento necessário para nutrição do bebê, e não durante toda a vida.

Por outro lado, é certo também que o leite é um alimento rico e completo, contando em sua composição com água, lipídios, proteínas, carboidratos (lactose), vitaminas e sais minerais. Entre as principais vitaminas encontradas no leite, estão as vitaminas A, complexo B (em especial B2), C, D, E, K. Já os principais sais minerais encontrados são os fosfatos, citratos, carbonato de sódio, cálcio, potássio e magnésio, todos importantíssimos para o bom funcionamento do organismo. A água é o componente encontrado em maior quantidade (cerca de 87%), enquanto a lactose representa cerca de 5% de sua composição.

Dentre os minerais presentes no leite, destaca-se o cálcio, importante para a formação óssea, para o bom funcionamento dos músculos e até mesmo, segundo alguns, para auxiliar na manutenção do peso. Ainda que esse elemento esteja presente também em outros alimentos, o leite oferece maior concentração do mesmo e boa biodisponibilidade (ou seja, quantidade efetivamente absorvida pelo corpo), ficando atrás apenas de alguns alimentos como o brócolis e a couve (que apresentam menor concentração, mas maior biodisponibilidade).




Bem, mas se você gosta muito de todos aqueles alimentos descritos na primeira linha desse post, e, definitivamente, não quer trocar uma pizza de mussarela por uma de brócolis, mas faz parte do grupo de pessoas que não pode abusar do leite, há algumas boas notícias. Em primeiro, alguns queijos apresentam concentrações de lactose bem menores do que a do próprio leite!! Como dito acima, o leite apresenta cerca de 5% de sua composição em lactose. Por sua vez, o gorogonzola apresenta 1,2%, o brie 1% e o camembert 0,9%. A ricota tem mais, com 3,6%. concentração próxima a do parmesão e mussarela.

Por isso, se você adora um queijinho, este não será necessariamente tão prejudicial quanto um copo de leite, mas claro que isso varia de organismo para organismo, e sempre será necessário observar seu comportamento e a dieta prescrita pelo seu médico.



O mercado também apresenta opções como o leite com baixo teor de lactose, ideal para quem apresenta intolerância! Há também vários produtos feitos  com esse tipo de leite, como é o caso dos chocolates com baixo teor ou mesmo sem lactose (mas que,neste último caso, geralmente não são produzidos com leite).

Bem, com esse post eu apenas quis mostrar que, antes de condenar alguma alimentos, há várias coisas a serem levadas em consideração, e a gente deve colocar tudo isso na balança!! Também quis mostrar que há várias formas de se consumir o leite, e em cada uma delas o mesmo será processado de uma forma diferente pelo nosso corpo. Por isso nem sempre é necessário se privar de alguma coisa que você goste muito! Espero ter ajudado!

quarta-feira, 9 de março de 2011

California Mastitis Test

O California Mastitis Test, popularmente conhecido como CMT, é realizada para diagnosticar a mastite subclínica e está relacionado ao numero de Células Somáticas no leite; a verificação se dá por meio de um "detergente", que reage com o material nucleico das células somáticas, formando um gel, ou mesmo uma gelatina, como costumamos falar.

É um teste muito fácil de ser realizado, devendo o ordenhador ter em mãos uma “raquete” de CMT: um utensílio que possui 4 círculos, sendo que em cada um deles deve ser despejado leite, de cada um dos tetos, separadamente. Deverá ser colocado em cada quadrante cerca de 2 ml do reagente e aí observaremos se há ou não a reação, ou seja, se houve ou não a formação de gel/ gelatina.

Acima, raquete de CMT

Caso haja a formação em algum dos quadrantes, devemos ao final fazer uma linha de ordenha, de forma que deverão ser ordenhados em primeiro lugar os animais que não tiveram qualquer reação (negativos), e, na sequência, os que apresentaram um teto positivo , depois 2 tetos positivos e assim por diante. Por fim, deverão ser ordenhado os animais que apresentam a mastite Clínica.
Podemos dizer que esse teste nos possibilita uma visualização de nosso rebanho para que possamos saber quais de nossos animais possuem mastite subclinica. Assim, fazendo a linha de ordenha, podemos com certeza afirmar que estaremos prevenindo a mastite subclínica e clínica, diminuindo a infestação desta enfermidade.