Olá a todos! Antes de iniciar este primeiro post “oficial”, gostaria de explicar aqui o intuito desse blog: é trazer um pouco de minha experiência, na prática, com a atividade leiteira, pois sei que são poucos os livros que falam sobre práticas na atividade de leite e o que acontece realmente no dia-a-dia da ordenha!!!!!!
Praticamente cresci em uma ordenha e, há 2 anos, me formei no curso de Medicina Veterinária, feito sempre pensando nessa atividade (leiteira). Dessa forma, espero que possa contribuir um pouco com minhas experiências, tentarei ser o mais prático possível para que todos entendam e também espero poder responder às dúvidas de todos.
Vamos lá!
Vou começar este blog falando um pouco sobre a mastite: é uma doença que pode acometer tanto vacas em lactação quanto vacas “secas” (não produtoras de leite).
A porta de entrada dessa enfermidade, muitas vezes (ou quase sempre) é a mau higienização no momento da ordenha. Isso permite que a bactéria penetre pelo canal do leite, o qual se abre para a ejeção do mesmo, sendo que esse canal é um ambiente muito propício para a bactéria se reproduzir, em razão de seu microclima adequado, com temperatura ideal, umidade etc.
Porém, é possível evitar a doença e irei falar um pouco, a cada dia, das principais formas de prevenção, como pré dipping, pós dipping, teste da caneca de fundo escuro, dentre outros. Mas não se esqueçam de que o principal é sempre mantermos a higiene pessoal durante a ordenha, a qual evitará ao máximo a chegada da bactéria no úbere da vaca.
Devemos ainda lembrar das bactérias AMBIENTAIS são também causadoras de mastites, e também falarei delas.
É importante lembrar também que a vaca, no momento em que “perde um peito” (1/4 de seu aparelho mamário) devido a infecção; também sofrerá um decréscimo considerável em seu valor de mercado, ou até mesmo a não aceitação daquele animal perante outros produtores de leite.
E mais, esse animal já acometido uma vez poderá ter mais facilidade para contrair novamente a doença, pois poderá ficar com um canal de leite aberto (chamadas de vacas moles) ou, ao contrário, ficar com o canal do leite muito duro, causando a demora na ejeção do leite e podendo levar a algum tipo de mastite por retenção de leite no aparelho mamário e, consequentemente, bactérias.
Assim podemos dizer que uma vaca produtora de leite ao se infectar irá reduzir consideravelmente sua produção, o que consequentemente causará um dano também considerável no bolso do produtor, devido a essa perda de produção e gastos também com remédios.
Amanhã tem mais!
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