quarta-feira, 6 de julho de 2011

Entrevista na TV Record!!

Olá!!!

Assistam ao vídeo da entrevista que dei para a TV Record, sobre as mudanças na IN 51, que trata da podução, qualidade, coleta e transporte do leite.

Infelizmente hove um problema com o áudio da emissora e só podemos ver o trechinho inicial.

No último dia 25, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento prorrogou até o final do ano o prazo para que as novas medidas entrem em vigor, a fim de que o produtor tenha mais tempo para se adaptar.

Para ver a entrevista, clique aqui!!!!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Preço em baixa para os produtores


Olá pessoal,

Como muitos já devem saber, o ciclo da seca, comum nesta época, se repete todos os anos, trazendo prejuízos ao produtor de leite.

Conforme a reportagem do site NotiSul, de Santa Catarina, a questão é que este ano os preços caíram muito, mas apenas para os produtores, já que nos mercados o preço do litro de leite continua o mesmo. Ou seja, os laticínios estão pagando menos ao produtor, mas continuam a repassar o produto pelo mesmo preço ao consumidor final, o que é injusto tanto para o produtor, que amarga prejuízos, quanto ao consumidor, que, teoricamente, também deveria estar pagando menos, não é?



terça-feira, 19 de abril de 2011

Importação e mercado interno

Uma preocpação crescente do setor leiteiro é o aumento da importação do produto. Conforme informação da Revista Leite Integral, em 2010 as importações superaram em muito as exportações, numa diferença de 113 mil para 58 mil toneladas, sendo que apenas neste primeiro trimestre o Brasil já importou 29 mil toneladas, enquanto vendeu apenas 4,8 mil.

Diante desse quadro, podemos constatar, de plano, dois grandes problemas: o primeiro diz respeito ao aumento da concorrência, que, em um setor matéria-prima primária, pode gerar uma desvalorização ainda maior. A concorrência é sempre benéfica ao consumidor em um primeiro momento, porém devemos pensar também que a baixa de preços por um longo período pode levar à falência os pequenos e até mesmo os grandes produtores. Além disso, a concorrência deve ser justa, ou seja, o leite não pode ser importado a preço inferior ao praticado em nosso país. Quando isso acontece, ocorre o chamado dumping, uma prática comercial internacional ilícita pelos efeitos danosos à indústria nacional. Medidas antidumping incluem a aplicação de alíquotas para que o produto importado passe a ter preço compatível no mercado interno.


O segundo problema levantado é por qual razão o Brasil necessita importar tal quantidade de leite, se é um dos países com maior área aproveitável para agropecuária, seja em extensão, clima, pastagens etc. Está claro que o país aproveita pouco - e muito mal, o seu potencial. Não fosse assim, não apenas precisaria importar menor quantidade do produto, como também poderia se tornar um grande exportador.

A boa notícia é que, como se nota, a demanda é grande, e isso serve de incentivo para que o produdor não desanime. A propriedade bem organizada e com manejo correto do rebanho, e que prima pela qualidade do leite, pode produzir quantidade de leite superior àquelas mal organizadas, ainda que com mais animais. De nada adianta um grande rebanho sub-aproveitado, ou seja, sem alimentação correta/ suficiente, acompanhamento veterinário e planejamento da propriedade. Nesse setor, formado por milhares de pequenos produtores, cada pequeno gesto faz uma grande diferença!

E vocês, o que acham?

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Planejamento para as épocas de chuva e de seca

Esta semana saiu uma matéria informando sobre o comprometimento da produção de leite e queijo na baixada cuiabana, em razão das chuvas intensas e constantes que atingem a região. Aqui no estado de São Paulo a situação também não é muito diferente, mas é aí que entra a importância do planejamento na atividade leiteira, assim como em qualquer outra atividade comercial.

Com certeza muitas vezes não é possível prever alguns eventos da natureza, que acabam prejudicando a produção de um ano inteiro, mas o produtor deve sempre estar atento às épocas em que chuvas ou secas são mais frequentes, já garantindo, de antemão, alimentação para o seu rebenho nesses períodos.

A melhor saída é a relização de silagens (que pode ser de milho, cana, sorgo), para garantir a alimentação dos animais nos peridos em que não é possível contar apenas com o pasto, uma vez que a alimentação do rebanho está DIRETAMENTE ligada a sua produtividade!

O site da Embrapa traz informações muito interessantes sobre a realização de silagem, para mais informações cliquem aqui!


quinta-feira, 7 de abril de 2011

Alta no mercado leiteiro!

Saiu no Estadão de ontem (06/04/2011), no caderno Agrícola, uma boa notícia para os produtores de leite: além do preço estar em alta, a matéria afirma que é o investimento dos pequenos produtores em tecnologia que poderá transformar o país em um exportador de leite! 

Para conferir, clique "aqui ".

quinta-feira, 17 de março de 2011

Lactose na balança

Queijo, requeijão, doce de leite, leite condensado, iogurte, sorvete, creme de leite, manteiga, coalhada.... O leite se apresenta de várias formas em nossa mesa!!

Porém, um assunto que com frequência está nas páginas de revistas médicas especializadas e também naquelas comuns, das bancas de jornais, é se o ser humano adulto deve ou não consumir leite, seja ele de vaca ou de outros mamíferos.


 
Segundo pesquisas, a lactose, que é o "açúcar" (ou melhor dizendo, carboidrato) presente no leite, não seria bem "digerido" por algumas pessoas pois, após certa idade o organismo, deixaria de produzir a enzima necessária ao seu metabolismo, conhecida como lactase. É aí que surge a tal da intolerância à lactose, que pode apresentar sintomas como dores abdominais, náusea e diarréia. Isso porque, apesar de o ser humano ser um animal mamífero, o leite só seria um alimento necessário para nutrição do bebê, e não durante toda a vida.

Por outro lado, é certo também que o leite é um alimento rico e completo, contando em sua composição com água, lipídios, proteínas, carboidratos (lactose), vitaminas e sais minerais. Entre as principais vitaminas encontradas no leite, estão as vitaminas A, complexo B (em especial B2), C, D, E, K. Já os principais sais minerais encontrados são os fosfatos, citratos, carbonato de sódio, cálcio, potássio e magnésio, todos importantíssimos para o bom funcionamento do organismo. A água é o componente encontrado em maior quantidade (cerca de 87%), enquanto a lactose representa cerca de 5% de sua composição.

Dentre os minerais presentes no leite, destaca-se o cálcio, importante para a formação óssea, para o bom funcionamento dos músculos e até mesmo, segundo alguns, para auxiliar na manutenção do peso. Ainda que esse elemento esteja presente também em outros alimentos, o leite oferece maior concentração do mesmo e boa biodisponibilidade (ou seja, quantidade efetivamente absorvida pelo corpo), ficando atrás apenas de alguns alimentos como o brócolis e a couve (que apresentam menor concentração, mas maior biodisponibilidade).




Bem, mas se você gosta muito de todos aqueles alimentos descritos na primeira linha desse post, e, definitivamente, não quer trocar uma pizza de mussarela por uma de brócolis, mas faz parte do grupo de pessoas que não pode abusar do leite, há algumas boas notícias. Em primeiro, alguns queijos apresentam concentrações de lactose bem menores do que a do próprio leite!! Como dito acima, o leite apresenta cerca de 5% de sua composição em lactose. Por sua vez, o gorogonzola apresenta 1,2%, o brie 1% e o camembert 0,9%. A ricota tem mais, com 3,6%. concentração próxima a do parmesão e mussarela.

Por isso, se você adora um queijinho, este não será necessariamente tão prejudicial quanto um copo de leite, mas claro que isso varia de organismo para organismo, e sempre será necessário observar seu comportamento e a dieta prescrita pelo seu médico.



O mercado também apresenta opções como o leite com baixo teor de lactose, ideal para quem apresenta intolerância! Há também vários produtos feitos  com esse tipo de leite, como é o caso dos chocolates com baixo teor ou mesmo sem lactose (mas que,neste último caso, geralmente não são produzidos com leite).

Bem, com esse post eu apenas quis mostrar que, antes de condenar alguma alimentos, há várias coisas a serem levadas em consideração, e a gente deve colocar tudo isso na balança!! Também quis mostrar que há várias formas de se consumir o leite, e em cada uma delas o mesmo será processado de uma forma diferente pelo nosso corpo. Por isso nem sempre é necessário se privar de alguma coisa que você goste muito! Espero ter ajudado!

quarta-feira, 9 de março de 2011

California Mastitis Test

O California Mastitis Test, popularmente conhecido como CMT, é realizada para diagnosticar a mastite subclínica e está relacionado ao numero de Células Somáticas no leite; a verificação se dá por meio de um "detergente", que reage com o material nucleico das células somáticas, formando um gel, ou mesmo uma gelatina, como costumamos falar.

É um teste muito fácil de ser realizado, devendo o ordenhador ter em mãos uma “raquete” de CMT: um utensílio que possui 4 círculos, sendo que em cada um deles deve ser despejado leite, de cada um dos tetos, separadamente. Deverá ser colocado em cada quadrante cerca de 2 ml do reagente e aí observaremos se há ou não a reação, ou seja, se houve ou não a formação de gel/ gelatina.

Acima, raquete de CMT

Caso haja a formação em algum dos quadrantes, devemos ao final fazer uma linha de ordenha, de forma que deverão ser ordenhados em primeiro lugar os animais que não tiveram qualquer reação (negativos), e, na sequência, os que apresentaram um teto positivo , depois 2 tetos positivos e assim por diante. Por fim, deverão ser ordenhado os animais que apresentam a mastite Clínica.
Podemos dizer que esse teste nos possibilita uma visualização de nosso rebanho para que possamos saber quais de nossos animais possuem mastite subclinica. Assim, fazendo a linha de ordenha, podemos com certeza afirmar que estaremos prevenindo a mastite subclínica e clínica, diminuindo a infestação desta enfermidade.

domingo, 6 de março de 2011

Conhecendo uma ordenha mecânica - parte final

Olá a todos!

Hoje vou postar aqui o último vídeo sobre o funcionamento de uma ordenha mecânica, ele mostra como é feita a limpeza do maquinário!


sexta-feira, 4 de março de 2011

Leite contaminado em SP

Olá!
Saiu ontem no UOL/Folha Ciência e Saúde matéria segundo a qual 70% do leite produzido por 3 usinas do estado de São Paulo está contaminado por coliformes totais e fecais.
Conforme a matéria, o estudo foi realizado pela Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP (Universidade de São Paulo) em Piracicaba e verificou a qualidade do leite cru em usinas localizadas em Brotas, Pirassununga e Piracicaba.
Bem, em primeiro lugar, o tema tem muito a ver com o que tenho tratado até agora aqui no blog, ou seja, a relação direta entre qualidade do leite e higiene da ordenha.  Nesse estudo foram avaliadas 75 fazendas, que abastecem essas usinas, e foi constatado que 77,3% delas apresentaram condições insatisfatórias de produção de leite, higienização de equipamentos e infraestrutura.
A presença de coliformes indica que os equipamentos e utensílios utilizados não são corretamente lavados, e ainda que o manejo adequado não vem sendo observado, o que é muito comum nas ordenhas.
Apesar desse índice alarmante, é importante destacar também que, apesar de a Instrução Normativa 51 ter tornado mais rigorosos os padrões de qualidade do leite, a realidade mostra que muitos produtores, especialmente os menores, ainda não têm condições de se adequar a tais padrões, seja pelo alto custo no investimento em novas tecnologias, seja pelos baixos valores pagos pelo produto, ou ainda pela dificuldade em se conseguir mão-de-obra qualificada para a atividade.
Já demos aqui no blog algumas dicas para manter a higiene sem gastar muito, porém não é fácil mudar esse quadro que é uma realidade na maioria das ordenhas, principalmente porque a atividade é formada por uma imensa rede de pequenos produtores, com baixa produção e, consequentemente, os mesmos não têm uma grande renda em sua propriedade, dificultando assim a aquisição de produtos para higienização desses utensílios usados na atividade leiteira.
Uma boa saída para incentivar o produtor, e que já vem sendo adotado por algumas usinas e laticínios, é o pagamento de bonificações pelo produto quanto mais perto o mesmo estiver dos índices considerados como ideais. Muitos produtores não recebem qualquer benefício pela qualidade atingida, o que deveria ser implantado em mais usinas e laticínios, para que esses produtores tenham um estímulo para melhorar cada vez mais a qualidade de seu produto.

terça-feira, 1 de março de 2011

Conhecendo uma ordenha mecânica - parte 1

Hoje irei mostrar o sistema da ordenha mecânica.

A primeira parte é na própria sala de ordenha e, nos próximos vídeos, mostrarei como o leite chega à sala de leite, onde fica o resfriador.



segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Manutenção da ordenhadeira

Olá!


Hoje irei postar aqui um vídeo, explicando um pouco sobre a manutenção das teteiras.

Veja que o produtor deve estar atento à troca das borrachas, pois materiais desgastados também podem ser focos de contaminação e, consequentemente, levar doenças - inclusive mastite, ao rebanho.


Esta semana ainda postarei mais vídeos mostrando como funciona a ordenha mecânica.

Espero que gostem!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Procedimentos de manejo - ordenha mecânica

Bom dia a todos!!!

Ontem foi a vez da ordenha manual, e hoje vou colocar os procedimento de manejo da ordenha mecânica. Como já disse, vocês podem imprimir, plastificar e colar em sua sala de ordenha, para não esquecer o passo a passo!


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Procedimentos de manejo - ordenha manual

Pessoal,

bom dia.

Hoje vou colocar aqui no blog um esquema resumido com os procedimento de manejo da ordenha manual. Você pode inclusive imprimir, plastificar e colar em sua sala de ordenha, para não esquecer o passo a passo!


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dicas para higienização da ordenha

Olá pessoal!
Hoje vou falar um pouco sobre a higienização da ordenha. Devemos prestar atenção especial ao processo de higienização, pois caso o mesma não seja realizado da forma correta, estaremos contaminando os equipamentos de ordenha e, consequentemente, teremos uma alta contagem bacteriana no leite e uma possível contaminação dos tetos dos animais com microorganismos indesejáveis.
Assim, ao realizarmos a ordenha, de forma calma e consciente, devemos realizar a limpeza dos equipamentos da seguinte forma:
1 – lavar o equipamento em água corrente, até sair o excesso de leite das mangueiras e teteiras;
2 – introduzir no equipamento água a temperatura de 70º C , para que facilite a saída dos resíduos de leite das mangueiras, juntamente com um detergente clorado; a temperatura de saída da água deverá ser de mais ou menos 45ºC, não podendo esfriar muito alem disso pois caso contrário o equipamento não será limpo corretamente. Esse procedimento deve durar cerca de 10 minutos, e a temperatura deverá ser aferida sempre com um termômetro;
 3 – após a entrada do detergente clorado, devemos lavar novamente com água corrente, para que saia todo o resíduo do desinfetante;
4 – deixar os equipamentos em um local seco e arejado preferencialmente pendurados conforme as fotos abaixo:



 Já as fotos a seguir mostram o que jamais deverá ser feito: equipamentos no chão e sem limpeza alguma:



A lavagem com ácido pode ocorrer diariamente, se realizada em pequena dosagem, ou semanalmente, em maior dosagem. Aqui devemos tomar cuidado com uma coisa muito importante: a lavagem com o ácido deverá ocorrer sempre depois da última passagem de água corrente, pois caso coloquemos o ácido logo após a lavagem com detergente clorado, ocorrerá a chamada “pedra do leite”, que nada mais é que uma reação entre o ácido e o cloro. Por isso, bastante atenção neste item!
E para quem faz a ordenha de forma manual, da mesma forma deve ser realizada a lavagem de seus utensílios e uma vez por semana a lavagem “especial”, com água quente e cloro, retirando assim todos os resíduos de leite de baldes, peneiras e outros equipamentos.
Pessoal, quem tiver alguma dúvida, quanto aos produtos e dosagens, ou mesmo sugestão de tema que gostaria de ver aqui, é só enviar o comentário que farei o possível para ajudar!!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Métodos de prevenção da mastite III - teste da caneca de fundo escuro

O teste da caneca de fundo escuro serve para mostrar a ocorrência de mastite clínica no animal. 
Antes de os animais serem ordenhados, deverá ser retirado um jato de leite de cada teto, em cima do fundo escuro da caneca, devendo ser observado se há formação de grumos ou não.
Caso haja a formação de grumos, o animal apresenta a forma clínica da doença, devendo ser separado do rebanho e ordenhado por último. Tal medida deve ser adotada para que não favoreçamos a transmissão dessa enfermidade ao rebanho e para que o mesmo possa ser tratado; o animal contaminado deverá permanecer por um período indeterminado (dependerá do tratamento) em último na linha de ordenha. Também devemos observar o período de carência do remédio utilizado, para que não seja contaminado o leite de outros animais, devendo ser descartada a produção deste animal contaminado.
Dessa forma, posso concluir que este teste deve ser feito em todas as ordenhas, e em todos os animais a serem ordenhados, e é de extrema eficiência, tanto nos cuidados da produção quanto dos animais.
Outro ponto positivo do teste da caneca é o rápido diagnóstico da enfermidade, possibilitando assim um tratamento mais eficiente dos animais contaminados.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Certo ou errado?

Bom dia a todos! Hoje irei postar algumas fotos de ordenha e gostaria que analisassem e tirassem suas próprias conclusões: o que está certo ou errado? Iremos comentando caso a caso.

Foto nº 1: certo ou errado?


R: Certo. A foto acima indica ótima imersão de iodo nos tetos do animal (pós-dipping), o que ajudará em um rápido fechamento do canal de leite, devendo ser feito esse procedimento em todos os animais ordenhados, evitando assim a mastite e sua transmissão.

Foto nº 2: certo ou errado?


R: Certo. A foto acima indica a possibilidade da realização do pré-dipping mesmo para aqueles produtores que não queiram gastar com utensílios de ordenha; nesta foto, o clorexidine está armazenado dentro de uma garrafa pet

Foto nº 3: certo ou errado?


R: Certo. A foto acima indica um curral em boas condições de higienização e desinfecção. No caso, se o produtor não tiver condições de lavar a sala de ordenha, é possível a raspagem diariamente, como na foto, com a desinfeção a cada 15/20 dias com cal virgem; é uma forma barata e eficaz de mantermos um controle dentro da sala de ordenha.

Amanhã falaremos um pouco sobre o teste da caneca de fundo escuro.Até lá!

Fotos: arquivo pessoal

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Métodos de prevenção da mastite: II - Pós-dipping

Ao terminar a ordenha do animal, o ordenhador deverá realizar o pós-dipping, ou seja, utilizará novamente uma solução a base de iodo ou clorexidine, ou outros produtos, deixando o teto do animal por no mínimo dois segundos dentro da solução.
Esse procedimento deve ser feito com calma,  pois será ele que irá acelerar o processo do fechamento do canal do leite, aberto em razão da ordenha, evitando a entrada de bactérias. Assim, com essa outra ferramenta iremos diminuir bruscamente a contaminação por agentes microbianos que estão nos currais (maior índice de contaminação), devendo o mesmo ser feito em todos os animais do rebanho, independentemente de sua forma de ordenha (com bezerro ou sem bezerro).
Muitas vezes, alguns produtores costumam dizer que não há necessidade de realizar o pós-dipping em ordenhas com bezerros, pois este irá mamar na saída do curral; isso, por um lado, é verdade, poisa o bezerro irá mamar e retirar o desinfetante do teto da vaca, mas, por outro, ao realizar o pós- dipping o produtor estará imunizando seu animal dentro do curral, onde está o maior foco de contaminação da mastite.


O que aconselho sempre é realizar o pós-dipping com iodo, pois este é um elemento também importante apara o desenvolvimento do bezerro.
Dessa forma, realiza-se o pré-dipping com clorexidine e o pós-dipping com iodo, protegendo seu animal com duas fórmulas de desinfetantes, o que é uma ótima coisa.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Métodos de prevenção da mastite: I - Pré-dipping

Bem pessoal, conforme o combinado, irei comentar sobre a prevenção da Mastite, mas como existem várias coisas a serem ditas, irei demorar alguns dias.
Começarei falando sobre o pré-dipping, uma ferramenta usada na atividade leiteira, antes do ínicio da ordenha e que nos traz muitos resultados positivos, como uma desinfecção dos tetos antes de os animais serem ordenhados, seja de forma mecânica ou manual.

O Pré-dipping pode utilizar como base alguns desinfetantes, como clorexidine, iodo,  entre outros  (se tiverem alguma dúvida quanto ao percentual do produto utilizado, podem me escrever que faalarei de caa um). Assim, o teto, após ser imergido na solução, deverá o ser seco, lembrando sempre que essa secagem deverá ser feita com papel toalha e NÃO com panos. Assim conseguiremos retirar uma grande camada de microorganismos que seriam levados até o leite e também estamos fazendo uma estimulação nos receptores de ocitocina da vaca, localizados nos tetos dos animais, e por meio desse processo o animal acaba ficando mais relaxado.
Na prática, posso dizer com certeza que esse método é muito eficaz, seja feita a ordenha em vacas sem ou com bezerros. Uma dúvida muito comum é "devo fazer o pré-dipping em vacas que são pojadas pelos  bezerros?”. A resposta será sempre positiva, pois temos que realizar o pré-dipping nas vacas independente de como forem ordenhadas, pois estaremos tentando deixar o tetos desses animais o mais estéril possível, para posteriormente colocarmos a ordenha, ou até mesmo as mãos no caso das ordenhas manuais (e, neste caso, claro que as mãos deverão estar muito bem lavadas).

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ainda sobre a mastite - tratamento dos animais

Ontem falamos sobre mastite e podem ter certeza de que não vou esquecer de postar fotos ilustrando vários casos de mastite, seja ela ambiental ou adquirida em currais pela má higienização dos utensílios de ordenhas!!!

Muitas coisas ocorrem durante uma ordenha, e nós devemos prestar bastante atenção em todos esses procedimentos. O animal não nos responde como uma pessoa, então devemos perceber o seu jeito, se estão bem, com dores, se apresentam algum comportamento diferente, o que deve ser feito diariamente e em cada ordenha.

Assim, o ordenhador deve todos os dias, em primeiro lugar, estar calmo, o que nem sempre acontece na prática. É comum vermos ordenhadores que, nervosos por algum motivo outro motivo, acabam descontando nos animais de ordenha e prejudicando parcial ou até mesmo  totalmente a produção daquele dia.

Às vezes, por mais que seja difícil mudar a forma de agir de um produtor, devemos tentar isso, pois essas questões são como “custos invisíveis”, ou seja, ele  não está computando isso em seu custo mensal, muito menos em seu balanço anual, mas acabam influindo em seu orçamento. São vizualizadas somente na prática, por um bom observador!    

A partir de amanhã, começaremos a falar sobre as formas de prevenção da doença!

Fiquem à vontade para usar este espaço também para tirar dúvidas!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Dicas para prevenção da mastite

Olá a todos! Antes de iniciar este primeiro post “oficial”, gostaria de explicar aqui o intuito desse blog: é trazer um pouco de minha experiência, na prática, com a atividade leiteira, pois sei que são poucos os livros que falam sobre práticas na atividade de leite e o que acontece realmente no dia-a-dia da ordenha!!!!!!

Praticamente cresci em uma ordenha e, há 2 anos, me formei no curso de Medicina Veterinária, feito sempre pensando nessa atividade (leiteira). Dessa forma, espero que possa contribuir um pouco com minhas experiências, tentarei ser o mais prático possível para que todos entendam e também espero poder responder às dúvidas de todos.

Vamos lá!

Vou começar este blog falando um pouco sobre a mastite: é uma doença que pode acometer tanto vacas em lactação quanto vacas “secas” (não produtoras de leite).

A porta de entrada dessa enfermidade, muitas vezes (ou quase sempre) é a mau higienização no momento da ordenha. Isso permite que a bactéria penetre pelo canal do leite, o qual se abre para a ejeção do mesmo, sendo que esse canal é um ambiente muito propício para a bactéria se reproduzir, em razão de seu microclima adequado, com temperatura ideal, umidade etc.

Porém, é possível evitar a doença e irei falar um pouco, a cada dia, das principais formas de prevenção, como pré dipping, pós dipping, teste da caneca de fundo escuro, dentre outros. Mas não se esqueçam de que o principal é sempre mantermos a higiene pessoal durante a ordenha, a qual evitará ao máximo a chegada da bactéria no úbere da vaca.

Devemos ainda lembrar das bactérias AMBIENTAIS são também causadoras de mastites, e também falarei delas.

É importante lembrar também que a vaca, no momento em que “perde um peito” (1/4 de seu aparelho mamário) devido a infecção; também sofrerá um decréscimo considerável em seu valor de mercado, ou até mesmo a não aceitação daquele animal perante outros produtores de leite.

E mais, esse animal já acometido uma vez poderá ter mais facilidade para contrair novamente a doença, pois poderá ficar com um canal de leite aberto (chamadas de vacas moles) ou, ao contrário, ficar com o canal do leite muito duro, causando a demora na ejeção do leite e podendo levar a algum tipo de mastite por retenção de leite no aparelho mamário e, consequentemente, bactérias.

Assim podemos dizer que uma vaca produtora de leite ao se infectar irá reduzir consideravelmente sua produção, o que consequentemente causará um dano também considerável no bolso do produtor, devido a essa perda de produção e gastos também com remédios.

Amanhã tem mais!


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Bem-vindo ao blog Qualidade do Leite!!

O site Qualidade do Leite agora apresenta uma nova ferramenta: o blog Qualidade do Leite.

Por aqui, iremos levar com maior agilidade a você, seja produtor ou consumidor, informações, notícias e novidades sobre o mundo do leite.
                           

    Um blog sobre leite, de qualidade!